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O perfil das doações no Brasil: um desafio a ser superado pelas ONGs




Infelizmente, o brasileiro não está entre os povos mais generosos do mundo, foi o que constatou a pesquisa do World Giving Index de 2021 - Ranking Global de Solidariedade 2021. A iniciativa é realizada desde 2009 pela organização britânica Charities Aid Foundation (CAF), representada no Brasil pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social.


A pesquisa é realizada desde 2009, entrevistando desde então mais de 1,6 milhão de pessoas. Para a cada uma foram feitas três perguntas: você ajudou um estranho, doou dinheiro a uma organização social ou fez algum tipo de trabalho voluntário no mês passado?


Na última edição do estudo, foram incluídos os dados de 114 nações, tendo uma representação de mais de 90% da população adulta mundial. Foram entrevistadas pessoas acima de 15 anos e hoje o nível de confiança da pesquisa é de 95%.


Segundo o relatório, o país mais generoso em 2021 foi a Indonésia, com uma pontuação de 69, repetindo o pódio de 2018, quando também ficou em primeiro lugar. Mais de oito em cada 10 indonésios doaram dinheiro este ano e a taxa de voluntariado do país é mais de três vezes mais que a média global. Em segundo lugar vieram o Quênia e em terceiro a Nigéria.


Enquanto, o Brasil ficou em 54º lugar no ranking. A boa notícia é que ele subiu 14 posições em relação aos dados de 2018 e 20 posições em relação a sua média na última década.


No entanto, apesar da melhora no ranking, se olharmos os dados sobre doações em dinheiro ou em tempo de trabalho com o voluntariado, os dados são ainda menos animadores. Apenas 26% fizeram doações em dinheiro e 15% atuaram como voluntários em 2021.


Em outra pesquisa do IDIS: Doação Brasil de 2020, a qual mapeia o perfil de doação brasileira, tem-se a constatação de que o perfil de brasileiros que mais fazem doações financeiras não pertencem à faixa mais rica da sociedade, aquela com 8 salários mínimos ou mais, quem mais doa no Brasil é a classe média, tendo as mulheres do nordeste e do sudeste como destaque:



As pesquisas nacionais mostram o que sentimos no dia-a-dia, muitas pessoas sabem da importância das doações e do papel das ONGs, mas tem menos gente podendo doar.


Entre 2015 e 2020, o percentual de doadores de todos os tipos (dinheiro, bens e trabalho voluntário) caiu. A este fato, atribuímos à prolongada crise social e econômica enfrentada no Brasil nesse período. Enquanto em 2015, 77% da população havia feito algum tipo de doação, em 2020, o percentual ficou em 66%. Quando se trata de doação em dinheiro, a proporção caiu de 52% para 41%. E no caso de doações para organizações/iniciativas socioambientais, a redução foi de 46% para 37% (IDIS - Doação Brasil 2020).

Assim, infelizmente, é desafiador o trabalho das organizações da sociedade civil no Brasil atualmente. Ainda mais se considerarmos as demandas crescentes vindas de crises mundiais. No fim de 2020, 19,1 milhões de pessoas conviviam diariamente com a fome no país. Em 2022, os dados são da marca de 33,1 milhões de brasileiros, de acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional – Rede PENSSAN.


Diante dessa realidade assustadora, as ONGs têm buscado agir de forma rápida para ajudar quem mais precisa, e vêm assumindo o papel de principais redes nacionais de combate à fome. No entanto como vimos, as doações são vitais e infelizmente não acompanham a demanda de necessidades e a inflação com aumentos de preços significativos nos alimentos.


“Com a continuidade da pandemia e, junto a ela, a soma de outras tragédias, os desafios para as instituições seguirem com a captação de recursos dia após dia são ainda maiores, pois é preciso encontrar, a todo instante, soluções de caráter imediato" (reportagem de Panorama Mercantil).

Conforme afirma o diretor da ABRCR (Associação Brasileira de Captadores de Recursos):


“A gestão fica mais pressionada e com o aumento da demanda temos que fazer mais com menos. Esses momentos são complicados e muito desafiadores, inclusive porque os problemas estão aumentando, não diminuindo”, afirma o diretor da ABCR.

Realmente, os desafios diários aumentam e como vocês que nos acompanham podem ver, a HAJA não parou e segue aplicando as doações para crescer e ajudar cada vez mais pessoas. Nós conseguimos construir uma cozinha que tem servido refeições diariamente para a comunidade, conseguimos montar uma estrutura de sala de aula, oficina, salão de beleza e loja para apoiar os nossos projetos sociais, o quais sempre têm como base a educação e a emancipação, também oferecemos o apoio de assistente social, psicóloga e pedagoga para dezenas de famílias.


E mesmo diante de tantas provocações nos últimos anos temos conseguido seguir ajudando quem mais precisa graças às parcerias, aos voluntários, às doações e a uma administração enxuta, eficiente e sábia dos recursos. Porém, é realmente imprescindível salientar a importância da doação, porque como viram, tem sido cada vez mais difícil a captação de recursos diante de maiores necessidades.


E é um fato que a generosidade é o alicerce da HAJA, sem a generosidade nossos projetos são literalmente interrompidos. Então, saiba como nos apoiar:


  • Você pode ser um apoiador recorrente, através de doações financeiras mensais ou doações pontuais, seja por depósito, PIX ou pelo PagSeguro. As informações estão online, só clicar aqui. A doação financeira é realmente o recurso que nos dá maior flexibilidade e rapidez de respostas para ações imediatas.

  • Mas claro, é extremamente bem-vinda a doação de produtos, alimentos e outros recursos necessários em nossos projetos, é só entrar em contato com a nossa equipe, clicando aqui.

  • Também é possível se voluntariar, estamos sempre precisando de pessoas comprometidas e engajadas com nossa missão de erradicar a pobreza, temos voluntários espalhados por todo o país em diversas funções, basta preencher suas informações por aqui que retornaremos o seu contato.

  • Outra forma de nos ajudar é nos apresentando para empresas que desejam crescer ou melhorar sua de Responsabilidade Social através de parcerias com a HAJA

  • Também, você pode contribuir nos avisando e nos apoiando em editais públicos e privados de financiamento de projetos sociais.

  • Ainda é possível nos ajudar divulgando nossas ações em suas redes sociais e seguindo a HAJA no Instragam através do @haja.org.br. Quanto mais gente nos conhecer maior a possibilidade de aumentar nossa comunidade de apoiadores.

  • E por último, mas não menos importante, você pode nos apoiar convidando sua rede de contatos a nos ajudar. Mande esse artigo para sua rede, seu convite faz toda a diferença.


Ser generoso é poder dar ao outro algo que ele precisa. Segundo Frei Betto a generosidade só existe quando reconheço o outro em sua dignidade, em seus direitos e, sobretudo, em sua diversidade. Ou seja, somos comunidade, somos iguais e precisamos nos ajudar.


Tudo que fazemos no presente, especialmente pelas crianças, é pensando nas reverberações desses atos, é pensando em quebrar o círculo da pobreza nessa e nas próximas gerações. Imagina você poder construir junto com a gente esse legado? É emocionante pensar e é possível realizar, e começa com a generosidade.



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